terça-feira, 19 de abril de 2011

Página de revista...




Esta reportagem foi feita por Rogério Medeiros na Revista Século Diário em novembro de 2000, quando o projeto já tinha bastante expressão no cenário da saúde capixaba. As fotos também são de autoria de Rogério Medeiros, no mesmo ano:


"Obrigado, doutor!

De como um grupo de médicos criou e engajou colegas
e pessoas da comunidade num movimento voluntário
e pioneiro de combate ao câncer dermatológico

Se fosse em qualquer outra parte do mundo eles já teriam até levado o Prêmio Nobel da Paz, sem nenhum exagero regionalista. Mas, como estão no Brasil, ainda por cima no Espírito Santo, a sua atividade, mesmo sendo a sublime atividade de salvar vidas, é inteiramente ignorada, sobretudo pela inibição do capixaba em enaltecer as façanhas do seu povo.

Evidente que existem outros fatores contribuindo para que uma ocupação tão nobre, para não dizer heróica, como os leitores vão constatar daqui a pouco, não receba o devido reconhecimento. Provavelmente uma delas está no tratamento dispensado pela imprensa do Estado às questões da saúde. Interessa-se muito mais em noticiar a lotação dos hospitais do que o êxito obtido por um grupo de abnegados profissionais da saúde no controle do câncer de pele. Durante alguns anos (continua mais do que oportuno voltar ao tempo em que o câncer de pele fazia vítimas fatais e espalhava mutilados pelo Estado afora), Vila Pavão, lugarejo encravado na região norte, foi a maior referência da existência da doença no Espírito Santo.

O número de mortos, mais as lúgubres figuras dos mutilados, atraía jornalistas das mais variadas partes, em especial do exterior. Na ânsia de transmitir a situação com a força de uma tragédia, alguns deles até apelaram para as fortes imagens dos leprosos dos filmes bíblicos, dos anos de 50/60, para comparar com o que estavam vendo ali. Mas a dimensão da tragédia, que atingiu imensas populações de camponeses, em alguns lugares mais de 70%, veio da constatação, de importantes ambientalistas, entre os quais o cientista Augusto Ruschi, de que o câncer ali encontrado era conseqüência direta do desmatamento no Estado. Um dos mais violentos e rápidos levados a efeito no país.

O câncer de pele do Espírito Santo era, portanto, o resultado de um desequilíbrio ecológico causado pela ação do homem. Com isso, o "câncer ecológico", inusitado título de uma reportagem do "Jornal do Brasil", assustou, mas ao mesmo tempo atraiu para o drama de seus conterrâneos um médico capixaba que fazia pós-graduação no Rio de Janeiro e que viria a se constituir na peça-chave do programa que resultou no controle da doença no Estado.

Mas antes da existência do programa ele conviveria com a doença em regime ambulatorial no Hospital das Clínicas, onde passou a atuar por força da sua condição de professor da Cadeira de Demartologia da Ufes. No trato direto com a doença, percebeu a gravidade dela a partir da constatação de que atingia populações que viviam inadequadamente no trópico: descendentes de europeus, pele alva, sujeitos permanentemente a doenças provocadas por irradiações solares e expostos, após a derrubada das coberturas florestais, a uma dupla ação da luz.

Agricultores em sua maioria, minifundiários por contingência da divisão de terra, impossível escapar da doença, pois começavam na lavoura aos 8 anos de idade. Um projeto em mutirão De 1974 a 1987, o dr. Carlos Cley (que vem a ser o personagem a que nos referimos acima, atingido pela reportagem do "JB" para a causa do câncer de pele) passou a se relacionar, nesse seu trabalho ambulatorial no Hospital das Clínicas, com Arlindo Lagass, encarregado do Albergue Martim Lutero, que a Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil mantinha (e continua mantendo) na Capital, para atendimento dos doentes de câncer de pele. "O Arlindo (Arlindo Lagass)" - lembra o dr. Carlos Cley - "fazia uma fila indiana de pomeranos, de mãos dadas, para não se perderem na rua. Geralmente eram pessoas humildes desacostumadas com a cidade e sem saber falar o português" - lembra o dr. Cley, recordando ainda que eles se comunicavam pelo dialeto pomerano, dificultando mais ainda o atendimento. Essa fase dos pomeranos de mãos dadas, que é o período do Albergue Martim Lutero como único recurso de intervenção na doença, produziu os seus efeitos positivos, mas em escala bem menor do que o programa que o sucedeu. Mas teve o mérito de acabar com os intermediários que exploravam os pomeranos para trazê-los para tratamento em Vitória.

Em 13 anos de atividade, com esse modesto aparato, os anjos da pele (não há melhor expressão para o significado do trabalho deles), atendeu perto de 70 mil pessoas com lesões de pele, distribuídos pelas localidades de Marechal Floriano, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá, Baixo Guandu, Palmeira de Santa Joana (Itaguaçu), Serra Pelada (Afonso Cláudio), Alto de Jetiboca (Itarana), Vila Valério, Lajinha de Pancas (Pancas), Vila Pavão, Garrafão (Santa Maria de Jetibá) e Criciúma (Laranja da Terra). Com Arlindo, o professor Carlos Cley idealizou e montou um projeto contando com a colaboração da Ufes, da Secretaria de Saúde e da Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil. Mas recursos só conseguiram no campo da logística: médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, acadêmicos de medicina, motoristas, viaturas para transporte dos profissionais e medicamentos. A Igreja entrou com hospedagem e alimentação para a equipe e a organização do atendimento. "

Anos atrás...



Fotos da equipe clinica e cirúrgica há alguns bons anos...

domingo, 17 de abril de 2011

Na escola de música.... Serra Pelada 2011


Andando pelos corredores encontramos esse monumento... confesso que não sei até agora pra que serve, mas... é bem bonito. Hehehehe...
Agradecemos aos alunos e alunas internos, que nos cederam seus quartos.

Serra Pelada 2011





Mais algumas fotos da viagem a Serra Pelada, abril de 2011.

Serra Pelada 2011






Viagem de abril de 2011 a Serra Pelada. Esta, pra quem já participa, foi uma das melhores viagens nos últimos anos. Todos alunos, professores e outros profissionais voluntários ou não, foram muito bem recebidos e muito bem tratados. Um exemplo a ser seguido. Muito trabalho, muitos atendimentos e muitas cirurgias. Esperamos que a população tenha ficado satisfeita da mesma forma como ficamos. Deixo nossos agradecimentos especiais a Sigmund (nos desculpe se a forma como se escreve não está correta) e sua família que nos recebeu tão bem.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Santa Maria - Dez 2010




Santa Maria em dezembro de 2010, enfeitada para o Natal e preparada para receber bens nossos alunos. Bom hotel, boa comida e ótima recepção.

Igreja em Palmeira - Itaguaçu

,

Igreja Luterana na comunidade de Palmeira... um belo lugar para trabalhar...
Uma boa recepção e um café da manha sensacional...

Itaguaçu, março de 2010


Alunos da turma 78 e 80 em integração após o trabalho.

As meninas da dermato


Na foto, mais uma noite depois do trabalho. Sempre assim, depois do trabalho, um pouco de curtição... moderada... afinal, tem que trabalhar no outro dia.

Baixo Guandu 2010


Baixo Guandu 2010... Um bom centro cirúrgico, uma boa estrutura da Unidade de Saúde. Pena que a hospedagem não foi boa, e a recepção também. Esperamos melhoras nos próximos anos.

Clínica Dermatológica...


Pessoal da clínica atendendo a população em Baixo Guandu, 2010. Apesar de algumas intercorrências iniciais, o trabalho foi feito com muita boa vontade. Esperamos que no próximo ano as instalações sejam um pouco menos precárias. Apesar disso, nos divertimos.

Interação com a população - Laranja da terra 2010

Hummm que fome... Vila Pavão 2010


Momento de distração com um bolo delicioso oferecido pela comunidade aos nossos alunos voluntários. Mais uma vez obrigado por nos receber tão bem.

Iniciando mais uma cirurgia em Laranja da Terra, Crisciuma


Iniciando mais uma cirurgia dentre as muitas que acontecem durante todo o fim de semana. São cerca de 60 a 70 cirurgias realizadas durante uma viagem. Na foto, Ac. Guilherme e Dra Patrícia Lyra em Laranja da Terra, Crisciúma em agosto de 2010.

Nem só de trabalho vive o homem...


Nosso grande amigão em Laranja da Terra - Crisciuma em agosto de 2010. Porque nem só de trabalho vive o homem. Ao final do dia sempre são oferecidos deliciosos jantares com comidas típicas locais, sempre muito bem preparadas pela população local. Neste dia um belo churrasco promovido em prol dos alunos, que agradecem.

No ônibus... e a dermatologia clínica - Baixo Guandu Setembro de 2010



Nesta foto, a equipe de acadêmicos voluntários ao fim de mais um dia de trabalho de volta pra casa.
Equipe de monitoras da Dermatologia Clínica, as "gatinhas da dermato": Mayara, Luciana e Camila

Os chefes



Nesta foto, uma parte da equipe, com os monitores do PAD, cirurgiões e os chefes cirurgiões plásticos Dr Luiz Fernando e Dra Patrícia Lyra, sempre dispostos e prontos para novos desafios.

Equipe operando em Domingos Martins, novembro de 2010


Fazem parte da equipe, Danilo e Amanda, adotada de Teresópolis-RJ.
Nesta viagem, a estadia deixou um pouco a desejar, mas a comida... hummmmmm. A comida estav maravilhosa.

Santa Tereza - Dezembro de 2010


Viagem a Santa Tereza em dezembro de 2010. Um pedacinho do aconchego e beleza da cidade. Bem recebidos, agradecemos à população, Igreja Luterana, Albergue, Secretaria de Saúde do Espírito Santo, Secretarias Municipais de Saúde entre outros.

Amigos do PAD


Luiz, Luzmarina e Wanderley. Colaboradores, funcionários e amigos do PAD. Sem eles a viagem não funciona...

Quem sabe faz ao vivo... esta é a equipe de acadêmicos cirurgiões que participou da viagem a Itaguaçu em março de 2011.

Equipe de Itaguaçu 2011 Março


Estão aí parte das pessoas que fazem parte do sucesso de nossa viagem. Ficamos sempre gratos aos funcionários que participam voluntariamente ajudando a cada morador de nosso interior. Esperamos sempre contar com essa ajuda.